Sobre o ano de nascimento de Luiza Mahin, não da para definir. Ela teria vindo para o Brasil, embarcada no Forte de El-Mina ou São Jorge da Mina, localizado no antigo reino de Daomé. Os escravizados enviados por lá são em geral prisioneiros de guerra ou capturados na região de “Biad-Es-Sudan” – em grande maioria praticantes do Islamismo. Outro dado interessante é que Mahin do sobrenome dela, na verdade é referencial a sua descendência da etnia mahi – povo ioruba, também de Daomé. E outra informação não confirmada é que ela pudesse ser uma princesa, por isso o grau de formação política que tinha.
A discrição física de Luiza Mahin é comum em qualquer fonte de informação: negra, baixa, magra e bonita; de personalidade forte, solidária, mas um tanto sofrida. Profissionalmente era vendedora de quitutes e teria obtido a liberdade em 1812. Essa data é colocada com referencia de seu nascimento, mas sem documentos oficiais para confirmação.
Religiosamente Luiza era mulçumana, se negando a ser submetidas aos ritos católicos sistematicamente. Era letrada em árabe e lia o Alcorão, sendo inclusive responsável pela disseminação das palavras do profeta Maomé aos negros não convertidos.
Unida com um grupo de mais de 600 pessoas participou da organização da frustrada Revolta dos Malês, de 1835. Na madrugada no dia 25 de janeiro, após meses de arregimentação e planejamento, pretendiam instalar em Salvador um governo teocrático inspirado no Islã. O evento tem motivação nas Jihads – guerras santas – que simultaneamente na África, visando a destituição de governantes coniventes com a Escravidão e no ponto de vista islâmico, infiéis.
A estratégia ruim como um castelo de cartas, ao ser delatado ou relatado por Guilhermina. Outro personagem polêmico: há quem diga que ela fez isso sob tortura, outros que ela teria procurado o marido que sendo um dos participantes da organização, se ausentava sempre a noite – despertando seu ciúme; e outros ainda dizem que ela teria procurado o juiz de paz de Salvador, pois devia favores a ele e de posse da informação, foi retribuir. E uma nova versão responsabiliza um marceneiro afro-brasileiro de ter denunciado o grupo.
Enfim: mas os historiadores são unânimes em dizer que a Revolta dos Malês seria faltamente derrotada pois não contava com apoio de toda população negra, pois os organizadores buscaram apenas os convertidos ao Islã e determinadas etnias africanas. Os excluídos, temerosos de um governo negro, mas islâmico, imaginaram que seria inclusive perseguido pelos vitoriosos pela adesão ao catolicismo ou as religiões de matriz africana.
O certo é que Luiza Mahin foi surpreendida com seu grupo pela força policial, e obrigados a se lançarem em combate sem o elemento surpresa, foram derrotados. Ela e outras lideranças conseguiram escapar da perseguição, partiu para o Rio de Janeiro, deixando Luis Gama, com apenas 5 anos, aos cuidados de seu pai verdadeiro.
O destino de Luiza Mahin é apenas sugerido. Há rumores que tenha participado de outros movimentos de insurreição na capital do Império e que dessa vez capturada, foi detida e deportada para África. O próprio Luis Gama tentou por toda vida ter informações do destino de sua mãe, mas sem sucesso.
15/11- 14hs ATIVIDADE NO ESPAÇO QUILOMBO DAS ARTES - UTOPIA E LUTA (escadaria da Borges)
14:00 h ABERTURA FEIRA DE ARTESANATO E TRANÇAS AFRO VITORIA E CHANA, LÚCIA, VERA, PALMIRA
15:00h OFICINA DE POEMAS EM HOMENAGEM A JOÃO CANDIDO VERINHA
15:30h APRESENTAÇÃO DE DANÇA COM A BAILARINA DAIANE SELL
16:00 h PALESTRA SOBRE MOVIMENTO HIP – HOP VAGNER
16:30 h DESFILE DAS CRIANÇAS E CONFECÇÃO DA ONG AMUE GENOVEVA E JUSSARA
17:00 h INTERVALO
17:30 h SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA E FONODIOLOGIA - JOEL DA SILVA – Graduação em Fonoaudiologia – IPA
18:00h SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA E DOENÇA FALCIFORME – NEUSA DA AGAFAL
18:30h JOÃO CANDIDO - Arilson dos Santos Gomes – Mestre em História - PUC E Coordenador do GT Negros
19:00 h HISTÓRIA E CULTURA AFRO – LEI 10.639/03 - Elenir Marques - Esp. História Afro-Ásia – FAPA
19:30 h – ENCERRAMENTO - PERCUSSÃO – MESTRE CHICO
18/11 – ATIVIDADE NO LARGO ZUMBI DOS PALMARES
SARAU DA CONSCIENCIA NEGRA - 20 HORAS;
APRESENTAÇÃO DO FRAGMENTO ZUMBI COM A OFICINA DE TEATRO POPULAR DO
PARQUE DOS MAIAS – 21 HORAS;
RODA DE CAPOEIRA. – 21H40MIN.
20/11 – SEMINÁRIO E FESTIVIDADE DO CENTENARIO DA REVOLTA DA CHIBATA LIDERADA POR JOÃO CANDIDO.
LOCAL: QUILOMBO DO SILVA;
SEMINÁRIO PERSPECTIVAS DO MOVIMENTO NEGRO E POPULAR 15 ÀS 17
HORAS;
FESTIVIDADES ARTÍSTICO-CULTURAIS - 18 HORAS EM DIANTE;
PARTICIPAÇÃO DA ACADEMICOS DE NITERÓI – ESCOLA DE SAMBA; GRUPO
TURUCUTÁ; TONHO CROCO.
22/11 – MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
15hs concentração Largo Glênio Peres.
18hs saída da marcha em direção ao Largo ZUMBI dos PALMARES
27/11 – SEMINARIO E FESTIVIDADES DO CENTENÁRIO DA REVOLTA DA CHIBATA LIDERADA POR JOÃO CÂNDIDO.
LOCAL: QUILOMBO DOS SILVA
15 ÀS 17 HORAS – SEMINARIO LEI 10.639 – (A PARTIR DAS 18 HORAS EM DIANTE
FESTIVIDADES ARTÍSTICO-CULTURAIS;
PARTICIPAÇÃO OFICINA DE TEATRO POPULAR PARQUE DOS MAIAS, ESCOLA DE CAPOEIRA ANGOLA
AFRICANAMENTE (CAPOEIRA E SAMBA DE RODA; DJ VAGNER; ESCOLAS DE SAMBA DE PORTO ALEGRE).
VIVA A LUTA DO POVO!
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