POVO COMEMORA A DERRUBADA DE MAIS UM DITADOR NO MUNDO ARÁBE
Mubarak abandona o poder
O presidente deixou o Cairo nesta sexta-feira junto com a família; multidão comemora nas ruas11/02/2011
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, renunciou à presidência e entregou o poder às Forças Armadas, anunciou nesta sexta-feira (11) o vice-presidente, Omar Suleimán. Na cidade do Cairo, capital do país, centenas de pessoas celebram a notícia.
"Mubarak renunciou. As ruas do Cairo são um clamor. Há gritos, abraços", informou o correspondente da Telesur, Rodrigo Hernández.
Desde as primeiras horas desta sexta-feira, circulou a infomação de que Mubarak havia abandonado a capital junto com sua família e se dirigido a uma de suas residências na cidade portuária de Sharm el Sheij, próximo do Mar Vermelho, duas semanas depois de intensas manifestações que exigiam sua saída do poder. A informação foi dada pela presidência, de acordo com informações do correspondente da Prensa Latina no Egito, Ulises Canales.
"A presidência da República acaba de confirmar que se encontra com sua família em Sharm el Sheij, mas nega que isso signifique ou tenha relação com uma eventual saída do país", informou o correspondente.
Na quinta-feira (10), o mandatário havia anunciado, em um discurso transmitido ao vivo, que transferia os poderes ao seu vice-presidente, Omar Suleimán. No entanto, afirmou que iria permanecer no cargo até as eleições de setembro.
Durante o discurso, ele afirmou que não participaria do próximo pleito, mas que "viverá e morrerá no Egito".
Celebração
A euforia do povo egípcio é registrada em diferentes pontos do país, como relata o correspondente da Telesur no país, Rodrigo Hernández. De acordo com ele, "as pessoas dizem que é um triunfo de um povo em toda a região" e que o que ocorreu no Cairo é para "ensinar a toda a região que é o povo árabe que tem que governar".
"As pessoas estão partindo de diferentes pontos da cidade [Cairo] para celebrar. Os estabelecimentos estão sendo fechados para celebrar, a partir da praça central do Egito, a queda de Mubarak", afirmou
Ele informou, ainda, que as pessoas aguardam com expectativa pelo que acontecerá a partir de agora, para saber quem assumirá o governo. "Há muita ambiguidade e dúvidas sobretudo em função do papel que terão as pessoas que pertenciam ao governo", informou.
(Com informações da Telesur)
Tantawi: El favorito del Pentágono queda al mando en Egipto
El general Mohamed Husein Tantawi
Por Fernando Navarro, de El País
En el Ejército egipcio, ningún militar ha sido tan fiel a Hosni Mubarak y al mismo tiempo tan trascendental para conseguir su salida de la presidencia como el poderoso ministro de Defensa egipcio, Mohamed Husein Tantawi, quien ha quedado al frente del Consejo Supremo militar que ha asumido el poder en el país árabe.
Este veterano general de 75 años ha simbolizado más que nadie la división existente en la cúpula militar, que se ha debatido durante semanas entre ser leal a Mubarak o satisfacer las demandas populares y las presiones internacionales.
Conocido por algunos oficiales como “el perrito faldero de Mubarak”, Tantawi lleva desde 1991 como máximo responsable de Defensa en Egipto. Nunca ha fallado a su gran benefactor y, como el rais y el vicepresidente Omar Suleimán, tuvo un papel destacado en la guerra del Yom Kippur contra Israel en 1973. Ascendió al vértice de la pirámide militar egipcia, aunque más le ayudó ganarse la confianza de Mubarak.
Su fidelidad al régimen no ha sido nunca cuestionada y, por eso, Washington veía en él un candidato potencial a suceder al presidente egipcio en los próximos años si, en el curso natural de los acontecimientos, no hubiesen estallado las revueltas. A partir de ese momento, y con la calle pidiendo enfurecida la cabeza de Mubarak, Tantawi se fue soltando de las riendas del presidente para erigirse en la voz más autorizada entre la cúpula militar egipcia en las intensas negociaciones con la Casa Blanca.
En las últimas dos semanas, estuvo en contacto directo con el secretario de Defensa norteamericano, Robert Gates. Según fuentes estadounidenses, ambos estudiaron el plan de salida de Mubarak. Tantawi, que presidió el primer Consejo Supremo militar sin el presidente, también intentó controlar a la oposición durante el proceso de cambio. Con Mubarak todavía en el poder, se le pudo ver en la plaza de la Liberación, como un claro signo de que el Ejército no iba a enfrentarse a los manifestantes, a los que pidió que abandonaran las protestas de forma pacífica.
No fue el único gesto de los militares. Antes de la salida del faraón, al centro de El Cairo también acudió el general Sami Hafez Enan, jefe de las Fuerzas Armadas, que se rodeó de multitudes cuando apoyó las demandas del pueblo y aseguró que el Ejército salvaguardaría su seguridad.
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