segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

UM VÍRUS LETAL CHAMADO AGRONEGÓCIO


UM VÍRUS LETAL CHAMADO AGRONEGÓCIO


Até onde chega o compromisso real dos governos com seus povos, sejam quais forem suas origens ideológicas ou partidárias?
Imaginemos um caminho de grãos de milho que conduz um frango que é alimentado passo-a-passo até seu destino final: o facão do açougueiro. Muitos enchem a boca com discursos supostamente “ecológicos” e “sustentáveis”, mas é fácil ver que estão comprometidos, de fato, com os setores a quem menos interessa cumprir tais princípios.
Nas cidades e no campo, o acúmulo de problemas sem soluções justas para a maioria da população é evidente. Veja as centenas de milhares de hectares de florestas centenárias que são desmatadas com o único objetivo da monocultura de transgênicos que transbordam agrotóxicos e veneno.
O mercado das madeireiras criminosas, construído e fortalecido como um anexo do extermínio ambiental.
Culturas originárias milenares destruídas, exterminadas, expulsas de seus territórios e aterrorizadas por mafiosos do agronegócio amparados na impunidade vigente.
Pequenas comunidades camponesas de agricultura familiar são forçadas a abandonar suas terras e migrarem para os grandes centros urbanos em busca de “melhores” condições de vida, educação, saúde e trabalho.
O agronegócio também tem influência direta na situação de vulnerabilidade social das mulheres, pois gera e perpetua a situação de pobreza dessa população. As poucas atividades que sobram para elas são funções precarizadas, além de receberem salários menores que não garantem sua autonomia e emancipação. Dessa forma, passa a existir uma dependência direta de políticas assistencialistas para complementarem suas rendas. Obrigadas a ver seus filhos e parentes expostos aos agrotóxicos e ao empobrecimento de suas famílias, impondo, muitas vezes, que companheiros, filhos e familiares migrem para os centros urbanos.
A Fauna nativa é exterminada deliberadamente, forçando o exílio de animais silvestres, rompendo todos os ecossistemas da autopreservação natural. Uma violência silenciosa com os seres sencientes, seus habitats e o patrimônio natural do planeta.
A grande indústria, em sua maioria de capital estrangeiro, contamina água, solo e ar com resíduos tóxicos, confinando igualmente plantas, animais e pessoas em suas linhas de produção, enriquecendo uma pequena minoria mas, no fim, atingindo sem distinção a todos pela lógica do consumismo que pauta o sistema em que vivemos.
A saúde da população do campo e da cidade é diretamente afetada por doenças, mutações genéticas, envenenamentos sistêmicos e vitimados por um mercado de transgenia que sustenta laboratórios farmacêuticos que especulam a vida das pessoas e seus recursos.
Modificações climáticas causadas pela civilização do automóvel e dos combustíveis fósseis atingem todos os continentes, impactando o clima de forma nunca vista, afetando populações, ecossistemas e a produção de alimentos.
Neste cenário nada alentador, há vários responsáveis, mas é indubitável a responsabilidade do agronegócio por trás de muitos desses problemas, sendo um dos pilares da tragédia ambiental.
Que poder é capaz de assumir as responsabilidades de dizer basta a essa devastação promovida pela grande indústria do agronegócio e do capital?
Achamos que só o Poder Popular organizado tem condições de frear tanta impunidade e injustiça.
Convocamos a OUTRA CAMPANHA para, unidos, promover todas as ações de resistência e luta necessária contra o agronegócio e seus aliados, pela emancipação e autodeterminação do povo latino americano. Convidamos os coletivos, organizações sociais, os povos originários, populações quilombolas, pequenos agricultores familiares e ao consumidor final desta barbárie – a população urbana – refém dos serviços essências como água, energia,transporte e alimentação. Entendemos que esse enfrentamento é uma responsabilidade de todos no seu dia a dia, dessa geração e das próximas, para a continua manutenção da vida e da saúde das pessoas que é tratada como produto da indústria do sistema capitalista, que nos mantém sob sua tutela, amortecidos por setores comprometidos com a continuidade do que aqui está e não devemos mais suportar.


UM CHAMADO DO MOVIMENTO UTOPIA E LUTA A NOS ORGANIZAR E
E RESISTIR DESDE A OUTRA CAMPANHA, PELA VIDA CONTRA ESTE GENOCÍDIO.




No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade.”

Nenhum comentário: