sábado, 3 de outubro de 2009

Ditadura em Honduras: dezenas de mortos e mais de 4000 presos/as


A repressão em Honduras promovida pelo governo golpista continua intensa contra a população que se manifesta contra o golpe militar do dia 28 de junho, especialmente depois da entrada de Zelaya no país. Na terça-feira, o Instituto Nacional Agrário de Honduras (INA) foi invadido por mais de mil militares e policiais. 70 camponeses/as que foram para a capital manifestar contra o golpe e ocupavam o INA foram presos. Depois das prisões, os militares roubaram diversos documentos de processos de Reforma Agrária que beneficiavam agricultores sem-terra. Estes documentos estavam sob a guarda dos trabalhadores do Instituto e camponeses há 87 dias e, uma semana atrás, dirigentes sindicais alertaram em uma entrevista do perigo de uma intervenção militar e do roubo dos documentos . Os processo estavam em fase de conclusão quando ocorreu o golpe no dia 28 de Junho. Outro local que sofre ameaça de invasão é a Universidade Pedagógica, onde diversos manifestantes estão hospedados há meses. A polícia mantém o local cercado há dias e agora com o novo decreto que restringe as liberdades constitucionais o perigo de invasão é iminente.

A Frente Nacional Contra o Golpe de Estado, entretanto, continua firme na posição de resistir à ditadura de Micheletti e, mesmo com toda repressão, sai às ruas todos os dias em manifestações contra o golpe. No mesmo dia do decreto que elimina os direitos de manifestação, reunião e comunicação e permite a detenção arbitrária de qualquer pessoa, a Frente escreve um comunicado em que chama o digno povo hondurenho a não ter medo das ações ilegais do regime golpista, que tenta paralisar a luta popular e continuar com a exploração e humilhação que eles têm submetido o povo hondurenho. Também reafirma o compromisso na direção de refundar Honduras e se libertar das oligarquias que tem oprimido historicamente o povo hondurenho.

fonte:CMI

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