quinta-feira, 27 de maio de 2010
INFORMATIVO DO NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO UTOPIA E LUTA Nº 1\MAIO.
22 DE MAIO, COMUNIDADE AUTONOMA UTOPIA E LUTA: MAIS UM ANO LUTA PELA AUTONOMIA. POPULAR.
No dia 22 de maio de 2009, tomávamos a posse oficial do Assentamento Urbano Comunidade Autônoma Utopia e Luta, um projeto audacioso que contempla a autogestão e a autonomia popular nas questões de sustentabilidade habitacional. Através deste prédio que abriga 41 unidades de moradia, áreas coletivas de lavanderia, serigrafia, atelier de costura, padaria, refeitório, espaço infantil, e o espaço multiculcultural Quilombo das Artes. Tudo isto desenvolvido a partir de uma tomada de território proveniente de uma ocupação realizada em um prédio publico que estava em estado de deterioração e abandono. Dia 22 também é dia da biodiversidade, e assim, como a natureza, Utopia e Luta se renova a cada dia e preserva seu caráter biodiverso, incentivando o convívio das diferenças e abrigando a pluralidade popular e cultural dentro de suas estruturas. Parabéns comunidade, a partir desta vitoria foi possível realizar dezenas de atividades, encontros, eventos e debates dos mais diversos temas em prol de uma sociedade mais justa e solidária, por um mundo mais humano e saudável, debates e ações realizadas sempre com a participação ativa dos movimentos parceiros desta conquista popular. O Território da autodeterminação Popular esta a cada dia mais preparado, pronto para abrigar mais companheiros dispostos a praticar a luta franca e direta contra as estruturas do capitalismo que nos oprime. Desta utopia realizada faremos o exemplo pratico de uma comunidade que sabe onde pisa, por que caminho quer andar e com quem deve caminhar, para que futuros projetos possam nascer livres, fortes e autônomos, como a comunidade Utopia e Luta
Núcleos de Economia Solidária
Os Núcleos de Economia Solidária da Comunidade Autônoma Utopia e Luta estão em pleno desenvolvimento e atividade. Aos poucos vamos aprendendo a construir nossas legitimas alternativas de consumo saudável nas principais necessidades que o ser humano precisa suprir: alimentação, vestuário, comunicação, cultura, saúde, etc.. Na comunidade são os núcleos da padaria, serigrafia, atelier de Costura, lavanderia comunitária, horta comunitária em espaço urbano, exposição de artesanatos e brechó, entre as alternativas. Envolva-se e participe, veja como é digno e gratificante o trabalho autônomo que a comunidade desenvolve.
Atelier de costura
Tu que já ficou na lavanderia por estes dias deve ter percebido que chegaram as máquinas de costura. Agora temos como costurar nossas próprias roupas e fazer pequenos concertos, alem de começarmos a produzir nossa própria confecção. A companheira Marta do 404 já está tomando a frente no atelier, e já foram feitas algumas bolsas que serão serigrafadas com desenhos zapatistas e que terão o selo próprio da comunidade. Podemos agora fazer produções para eventos juntamente com a serigrafia já foram feitas duas oficinas para produção de telas de baixo custo, e vários mutirões de produção para as camisetas da Festa da Biodiversidade, além de uma produção para um grupo de teatro. Qualquer idéia pode virar uma camiseta, as ferramentas estão aí. O compa BriZa do 706 e quem esta organizando este espaço e realizando oficinas para quem quiser aprender e trabalhar nessa frente, espalhe esta idéia para seus amigos, quem quiser fazer suas camisetas ou tiver algum grupo interessado procure ele ou participe das oficinas.
Padaria.
Pães e especiarias de alta qualidade e sabor por um preço acessível, sempre dando preferência a alimentos e insumos orgânicos na hora da compra em grande quantia, diretos do produtor e procurando evitar intermédios de muitos atravessadores ou das grandes redes de supermercado, o que faria subir e muito o preço do produto final, Alem de ser uma alternativa viável de geração de renda, tem se tornado referencia na hora de comprar produtos caseiros como: Pão, pão integral, cuca, pizza, croassan, alfajores, e também pão Frances (cacetinho) que sai da fornada todos os dias as 17h. O núcleo tem realizado exposição de seus produtos em diversos eventos, Feira Economia Solidaria da CAIXA, festa 1º Maio dos Metalúrgicos em Gravataí, entre outras agendas e também oferece o serviço de coffe breack. Este núcleo tem se tornado um importante instrumento de debate em torno da matéria consumo e alimentação, de certa forma sua implementação vem trazer a tona a critica ao modelo capital de comercialização de produtos e principalmente da participação comunitária na autonomia e modificação de hábitos de consumo alimentar, o núcleo tem recebido o apoio de diversas frentes que incentivam a economia solidaria, sempre sem contrapartida nenhuma a não ser a autonomia popular. A padaria tem exposto seus produtos para a venda todos os dias das 17h as 20h na lojinha, espaço na entrada de baixo do prédio na frente da parada da restinga ou diretamente no escritório (casa). E ai Vai levar uma cuca recheada e encomendar sua pizza ou vai ficar só olhando?
ARTIGO:
O retorno das caravelas
Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. 510 anos mais tarde dias de nosso pressente a historia se repete e o povo Xingu prepara se para a preservação legitima de sua historia e por seu futuro. Poderíamos dizer que as chances de ser respeitados pelos agentes executores e genocidas do capitalismo e mínima. Água, terra, ar, árvore, Xingu, pássaros são sinônimos de vida e natureza pilares biológicos da existência humana neste planeta. Na lógica do sistema genocida, ilógica e suicida que contamina a água, terra, ar e extermina as árvores, e mata o vôo da natureza original. Se nada disso é respeitado, porque haveriam de respeitar a o povo Xingu que não da nada para seus interesses psicopatas?
Todos somos Xingu,todos somos Mapuches,guaranis, caingangues,irmãos dos elementos, alem da cor da pele. Capitalismo não tem cor nem tem pele Capitalismo e morte, sem ressurreição.
1º Maio dia de Luta e Reorganização Popular Campo e Cidade
No dia do trabalhador, realizamos diversas atividades de cultura e formação, demonstrando o caráter de luta e reivindicação que deve ter este importante dia para a sociedade e para classe trabalhadora. Tivemos logo pela manhã uma roda de conversa com o MST num diálogo transversal fazendo a ligação entre o trabalho no campo e a dependência da cidade nas questões agrárias e alimentares, ligamos problemas de que nem a cidade nem o campo são usados para fins sociais, e que possuem espaços mal utilizados, enquanto outras pessoas não possuem locais adequados para viver ou plantar. Acordamos que não queremos reproduzir este sistema consumista e capitalista onde o uso das propriedades serve para gerar lucro, queremos uma sociedade solidária que produza em conjunto e de forma cooperativada, em síntese, falamos sobre o respeito moral que os contemplados pela luta têm com os demais, e que todos os territórios já conquistados devem servir para a luta que apenas começou e que não podemos deixar estas conquistas virarem uma reprodução do estado de direito de propriedade privada do capital. Não estamos em luta para que todos possam ser ricos na comodidade consumista. Enquanto o debate sobre a reorganização popular campo cidade rolava no Quilombo das artes, a roda de capoeira do prof. Jonn (Raízes do Sul) fez uma apresentação especial nas escadarias do viaduto, na frente do prédio, e o sol da manhã de maio ajudou bastante a espantar o friozinho típico de uma manha de outono. Logo após, ao meio dia foi servido no almoço um delicioso sopão de legumes. Á tarde o grupo teatral Levanta Favela fez uma belíssima apresentação de rua instigando a cultura popular e a participação da comunidade, logo apos no teatro foi passado o filme O Poder da Comunidade, que retrata como Cuba Sobreviveu à Crise do Petróleo, e que mostrou como a ilha se adaptou à quebra da União Soviética e o forte embargo econômico. O cultivo de hortas urbanas foi fundamental para a readaptação desta população, além da descentralização de escolas e universidades pela dificuldade de deslocamento pela falta de petróleo. Logo após o filme Alceu Baski nos presenteou com suas músicas autorais em meio às histórias que compuseram cada canção.
Programação Cultural no
Quilombo das Artes Oficinas, shows,,mostras Cds independentes, Saraus , Brechó,Teatro e Dança
Borges 719- Escadaria-centro- POA
Oficinas:
Comunicação Comunitária- terças- 14 h as 17 h.
Capoeira- Segunda (19:30minh.) e sábados-manhã (10h)
Dança- Quintas- 19 h
Violão-sábado- 9 h.
Cursos gratuitos, inf. 32112248, Participe!
Cine Garra:
Dia 27\05 – Doc: Cruzando o Deserto Verde.
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