segunda-feira, 1 de outubro de 2012

MEDEAMATERIAL - REESTREIA 20 E 27/10 E 03 10 17/11 AS 21HS NO GASOMETRO

Peça Margem Abandonada Medeamaterial Paisagem com Argonautas 
 Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Inspirado em texto de um dos grandes nomes do teatro alemão, o grupo gaúcho ‘Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta Favela’ apresenta a peça Margem Abandonada Medeamaterial Paisagem com Argonautas. Em cartaz no Mezanino da Usina do Gasômetro, no Centro de Porto Alegre, a peça é o primeiro teatro de vivência do jovem grupo oriundo da ‘Terreira da Tribo Ói Nóis Aqui Traveiz’. A livre adaptação do texto homônimo de Heiner Muller poderá ser assistida pela última vez neste sábado (18), a partir das 21 horas e promete cenas explícitas denunciando a violência humana e a submissão feminina.
Peça Margem Abandonada Medeamaterial Paisagem com Argonautas | 
 Foto: Ramiro Furquim/Sul21
“Algumas pessoas saem assustadas, outras criticam que o que fazemos não é teatro. Realmente nós propomos outra relação com o público. Fazemos cenas que despertem os sentidos das pessoas. Eu pesquisei muito a violência contra a mulher e esta relação dos crimes por paixão. O que propomos é na verdade uma discussão sobre o ser humano”, explica a atriz e produtora cultural do grupo, Danielle Rosa.
Peça Margem Abandonada Medeamaterial Paisagem com Argonautas 
 Foto: Ramiro Furquim/Sul21
A intenção do Levanta Favela é justamente propor ao público uma reflexão. Por meio da arte, eles expressam as coisas que mais os deixam inquietos e indignados frente ao mundo.  Na mesma proposta da renovação da linguagem cênica que consagrou mundialmente o ‘Oi Nois Aqui Traveiz’, o grupo não se limita às salas de espetáculos e faz das intervenções no meio urbano sua principal identidade.
As peças populares de rua tratam de temas atuais e sempre carregados na crítica social. “Alcançamos os passantes, os moradores de rua, o bêbado que quer chamar a atenção mais que a gente. Já a Medea, é um público que tem condições de sair de casa para ir ao teatro. Geralmente são pessoas do meio cultural ou que nos conhecem, pessoas que se sentem tocadas com as peças. A troca é outra”, fala Danielle.
O contraste do colorido do figurino, das maquiagens e a movimentação dos corpos com gestos e falas são convidativos aos olhos dos transeuntes. Porém, nem sempre a arte no meio urbano é compreendida, conta a atriz. O grupo já foi xingado por estar ‘no meio do caminho’ das pessoas e em outubro de 2010 foi levado pela Brigada Militar após cinco abordagens durante uma apresentação na Esquina Democrática.

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