ACORDO
DO GRAVATÁ
A
Rede de Comunidades Autogestionárias é uma proposta de intervenção
aglutinadora das práticas e valores existentes que, por meio da
reorganização social e a partir do poder popular, confrontam a
desintegração da sociedade oprimida.
A correlação de
diversos territórios organizados autonomamente tem o objetivo de
aprofundar as práticas coletivas integrais da vida, multiplicando
seus efeitos em seus entornos territoriais.
Sua
orientação é de perfil libertário, considerando a integração de
participantes para além dos contrastes provenientes de outras
ideologias ou métodos organizativos, sempre dentro dos princípios
construtivos, no processo de rompimento com o sistema capitalista e
toda forma de dominação ecônomica, política e cultural.
Tendo
a Autogestão como objetivo superior, o debate será
permanente e será desenvolvido a partir de ações diretas sobre o
processo de produção e distribuição da força de trabalho e seus
resultados ecônomicos, respeitando os príncipios de autonomia
política e econômica, centralismo de base e independencia na
relação com as instituições. Isto será acompanhado de
autoprogramas de conscientização e práticas alternativas que
apontem a desconstrução da ordem imposta como necessária pelo
sistema e busquem a emancipação de classe.
Estamos
cientes de que realizar o conceito de autogestão no sistema
capitalista é praticamente impossível. Portanto, qualificamos
nossas ações como práticas autogestionárias que buscam trilhar
caminhos em direção ao objetivo superior. Para tal, indicamos três
áreas de fundamento germinante na costrução destas práticas:
Territórios coletivos; reorganização social; alternativas
econômicas.
Alimentaremos-nos
de nossa terra e nosso esforço, beberemos de nossos rios
Iluminaremos
nossos dias e noites na esperança de um futuro criativo e autônomo
Cantaremos
nossos sonhos em berço de liberdade
Ao
temor não nos entregaremos, pois estamos convictos do que move nossa
luta
Seremos
tormenta de pedra e fogo para quem ousar interromper nossas utopias
Plantaremos
sementes de rebeldia e colheremos os frutos de amor, justiça e
dignidade.
18/12/2015
Rede
de Comunidades Autogestionárias
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