segunda-feira, 23 de novembro de 2009
A CAMBADA DE TEATRO EM AÇÃO DIRETA LEVANTA FAVELA CONVIDA:
Pré estréia dia 8 de Dezembro às 16h, na Esquina Democrática, Centro, Porto Alegre
Árvore em Fogo.
Uma Montagem de Teatro de Rua sobre a vida e obra de Bertolt Brecht
O teatro de rua é, sem sombra de dúvida, a manifestação mais popular da cultura teatral. Por essa razão, o espetáculo “Árvore em fogo” foi criado pela Cambada de teatro em Ação Direta Levanta FavelA..., baseado em poemas de Bertolt Brecht, dentro da oficina de teatro de rua desenvolvida pelo grupo no Quilombo das Artes - Utopia e Luta. Através de músicas, conta-se a história de um jovem nascido na burguesia alemã, revoltado com o germanismo difundido na escola. Passa a escrever artigos e poemas e ingressa na faculdade de medicina; mas acaba seguindo a carreira de encenador teatral, a fim de expressar a sua esperança na ideologia comunista. Foge da guerra, através de diversos países, mas acaba fixando-se na Alemanha Oriental. Porquê? Sua carreira de dramaturgo não teria um futuro mais promissor em um país capitalista? A faculdade de medicina não lhe garantiria uma vida tranquila? Como defender a liberdade ante a ascenção de regimes totalitários? Ele diz que vive tempos negros. “Fôssemos infinitos”, percebe o dramaturgo, “tudo mudaria. Como somos finitos, muito permanece”. As guerras mundiais sucedem-se desde há muito tempo em nossa memória. Esse é o mundo de Brecht. Já nem nos damos ao trabalho de enumerá-las. Brecht presenciou o nascimento da primeira e Segunda grande guerra. E não se conformou. O inconformismo colocou-o na lista negra de Hitler. A genialidade colocou-o entre os grandes nomes da dramaturgia e poesia. Ironicamente ignorante, pois “(...)nos velhos livros se encontra o que é sabedoria: manter-se afastado das lutas do mundo e a vida breve levar sem medo e passar sem violência, pagar o mal com bem, não satisfazer os desejos, mas esquecê-los. Isto é sabio(...)”. “Árvore em fogo” é um alerta para a necessidade da liberdade. Brecht renega a ideologia de sua classe burguesa, responsável pela escravidão. Torna-se um ardoroso lutador em defesa da justiça popular. “(...) Às vezes bastante, às vezes pouca”. Juntos com Brecht, afirmamos: “Temeremos mais a miséria que a morte”. As músicas, os figurinos, as máscaras e os adereços são criação coletiva da Cambada. Participam da encenação: Sandro Marques (Brecht), Danielle Rosa (Paula Banholzer), Tiaraju Borges (Feuchtwanger, voz Hitler e Truman), Robson Reinoso (Benjamin, Hilter, Berthold, Professor, Locutor), Ana Eberhardt (Helene Weigel e Sophie Brecht), Denise Souza (Elisabeth Hauptmann), Gil Santos (Becher e Frank Brecht), Hariná Marques (Barbara Brecht), Kacau Soares (Ruth Berlau) colaboradora: Paula Lages.
http://levantafavela.blogspot.com/
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário